domingo, 16 de agosto de 2009

Quanto vale um improviso:

Vejam só o que me aconteceu sábado passado:
Como entrada de um jantar que eu iria preparar para pessoas muito especiais
planejei foie gras com shutney de figos e vinho do Porto. Como não é época de figos, liguei para meu fornecedor de frutas e encomendei 4 caixinhas. Fiquei tranqüila.
Na véspera, ele me ligou dizendo que todo o carregamento de figos havia se perdido na estrada devido ao calor. “Eles explodiram!” Falou-me indignado.
Fiquei pensando em substituir o figo por maças ou peras. Manga neste caso nem pensar!
Muito oriental e perfumada para o foie.
Fui para o Pão de Açúcar: O calor estava realmente forte e assim que olhei para o setor de frutas me deparei com uma banca de lindas e graúdas cerejas frescas! Perdi a noção de onde eu estava! Calor de 32 graus em agosto e cerejas frescas? Sul da França em frente ao mar turquesa? Flórida? Roma escaldante com perfume de laranjas?
Fiz o chutney com as cerejas. Ficou maravilhoso e com uma lufada morna do verão europeu.


Quem comeu se deliciou.
No dia seguinte guardei todos os meus casacos.
O verão já chegou por aqui.

Fiz uma calda maravilhosa com as cerejas que sobraram:

Calda de cerejas frescas:



1 Kg de cerejas
2 xícaras de água
2 xícaras de açúcar cristal

Cortei as cerejas pela metade e tirei os caroços com a mão para não feri-las muito.
Coloquei a água e açúcar em uma panelinha e deixei que levantasse fervura.
Deixei fervendo por 20 minutos sempre coando as impurezas do açúcar.
Adicionei as cerejas com carinho. Permiti que fervessem somente 4 minutos.
Desliguei o fogo.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Bis

Eu sabia que haveria uma ótima razão para eu voltar a escrever!
Alguns dias atrás, estando em São Paulo fui com minhas sobrinhas jantar no América do Shopping Iguatemi.
O Iguatemi está presente em minha vida desde criança.
Ainda tenho a sensação de estar em casa por lá, mesmo agora que ele está todo sofisticado com lojas internacionais e tudo o mais.
Quando estávamos indo embora minha sobrinha V. viu nas Lojas Americanas caixas e mais caixas de Bis Avelã para vender.
Nossa tia, tem Bis de avelã!
Que é isto? Perguntei.
É lançamento! Disseram-me.
Bom, vamos correr e comprar, então. Falei.
Lá mesmo abrimos uma caixa e experimentamos. Divino!
Quantos comi? Não revelo!
Quando criança, encontrei na sala de minha casa uma bonbonnière cheia de bombons importados. Não resisti e comi todos! E aí então o arrependimento veio: Como iria confessar a gulodice! Corri para meu quarto e peguei todas as moedas que possuía. Não era muito não. Não sabia o que fazer! O cerco estava se fechando e a tarde caindo: Eles iriam chegar em casa e saber de tudo. Aí veio a idéia genial: Fui à padaria da esquina e comprei uma caixinha de Bis. Voltei para casa e com calma cortei os chocolates em quadradinhos que coubessem corretamente dentro das forminhas dos bonbons. Arrumei a bonbonnière direitinho e fiquei bem quieta.
Até hoje não recebi a bronca! O Bis me salvou!