quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Aos meus filhos nos últimos dias de 2009 e para sempre.



Eu costumava reinar sobre meu mundo.
Costumava imaginar que podia tranquilamente controlar tudo e todos de forma
carinhosa e eficiente.
Neste ano ao abrir uma porta, inesperadamente, um poço de areia movediça se apresentou e eu cai. Enquanto estava lá dentro fui percebendo que nada podia, que nada controlava e que tudo aquilo acontecia apesar de mim. A luta foi grande e a aflição imensa. Mas vocês estavam lá jogando cordas e armando roldanas. Por momentos, acalmando-me da estafa que às vezes tomava conta de meu ser. Em outras ocasiões, fazendo-me rir e às vezes decidindo e agindo por mim, com sabedoria inesperada. Finalmente, depois de muito insistir e somente com a ajuda de vocês e de muitos outros, consegui sair. Exausta, exultante e de mãos dadas com aquele que havia atingido o fundo, mas que com coragem sobre humana tinha conseguido impulsionar-se para a superfície e para a vida.
Em outros momentos do ano, apesar de ter sido generosa com alguns, encontrei somente uma porta com o aviso: “Proibido para pessoas estranhas”.
Houve momentos, no entanto, em que fui recebida em varandas viradas para o sol acolhedor.
Conclui que meu mundo é frágil, apoiado em “pilares de sal e pilares de areia.” Reinar sobre ele é o pior modo de seguir em frente.
Portanto, que a humildade seja de agora adiante “meu espelho, minha espada e escudo”, pois mais portas estarão à minha frente. Inúmeras. Não poderei desviar e atalhos de nada servirão.
Para muitos nada do que escrevi aí em cima é novidade. Grande coisa!
Já não era novidade para Sócrates, Epicuro, Nietzsche, Borges e Mario Quintana... E nem mesmo para os rapazes do Coldplay é novidade.
A diferença é que neste ano eu vivi muito do que eles pensaram e escreveram sobre a vida. E isto faz toda a diferença!
Filhos continuem sendo meus “missionários em um campo desconhecido”!
E como Jobim e Vinícius escreveram: Vai, vai, segue cantando em paz...
Beijo

Viva la Vida
Coldplay
Composição: Chris Martin

I used to rule the world
Seas would rise when I gave the word
Now in the morning and I sleep alone
Sweep the streets I used to own
I used to roll the dice
Feel the fear in my enemy's eyes
Listen as the crowd would sing
"Now the old king is dead! Long live the king!"
One minute I held the key
Next the walls were closed on me
And I discovered that my castles stand
Upon pillars of salt and pillars of sand
I hear Jerusalem bells are ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror, my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can't explain
Once you go there was never
Never an honest word
That was when I ruled the world
It was the wicked and wild wind
Blew down the doors to let me in
Shattered windows and the sound of drums
People couldn't believe what I'd become
Revolutionaries wait
For my head on a silver plate
Just a puppet on a lonely string
Oh who would ever want to be king?
I hear Jerusalem bells are ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror, my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can't explain
I know Saint Peter won't call my name
Never an honest word
But that was when I ruled the world
Oh, oh, oh, oh, oh
Hear Jerusalem bells are ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror, my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can't explain
I know Saint Peter won't call my name
Never an honest word
But that was when I ruled the world

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